FRANÇA, COSTA DO MARFIM, NIGERIA E ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA QUEREM ELIMINAR TRAORÉ

Há um novo inimigo na lista negra da França e dos EUA: Ibrahim Traoré, presidente do Burkina Faso. Não porque seja corrupto, tirano ou incompetente, como tantos outros que o Ocidente tolera e até financia. Mas porque ousou fazer o que poucos africanos fazem: governar para o seu povo e não para interesses estrangeiros.

Hoje, tudo indica que França e Estados Unidos conspiram para eliminar fisicamente Ibrahim Traoré. E, como sempre, usam as velhas ferramentas coloniais: presidentes africanos submissos, disfarçados de aliados regionais.

Costa do Marfim, Angola, Nigéria e Ruanda são os novos braços armados desta estratégia suja. Presidentes que, em troca de favores e protecção ocidental, aceitam trair a dignidade africana. O colonialismo nunca morreu — apenas trocou as botas pelos fatos e gravatas.

França e Estados Unidos não suportam ver líderes africanos livres, autênticos, nacionalistas. Para eles, África é um quintal de matérias-primas, não um continente de povos soberanos. Traoré rompeu com essa lógica. Expulsou tropas estrangeiras. Apostou na independência económica. Estendeu a mão ao seu povo em vez de estender o chapéu a Paris e Washington. E por isso, tornou-se alvo a abater. Em África, ser patriota é mais perigoso do que ser corrupto.

Os presidentes dos países acima mencionados falam de democracia nas cimeiras internacionais, mas, nos bastidores, servem interesses estrangeiros contra os seus próprios irmãos africanos. Entregaram a alma pela manutenção do poder e pelo aplauso hipócrita de Paris e Washington. Nada é mais trágico do que um africano que ajuda a acorrentar outro africano…

“Texto do Folha8”

Bem Haja

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